De Pablo Neruda
Morre lentamente
Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem destrói seu amor próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito
repetindo todos os dias os mesmos trajectos,
quem não muda de marca,
não se arrisca a vestir uma nova cor
ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem evita uma paixão
e o seu redemoinho de emoções
justamente o que resgata
o brilho dos olhos
e o coração aos tropeços.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz
com o seu trabalho ou amor,
quem não arrisca o certo pelo incerto
para ir atrás de um sonho
quem não se permite,
pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Pablo Neruda
DOCES imagens, algumas fotos tiradas por mim, meus desabafos "poéticos"...Tb de pessoas amigas compartilhados na Net ou por elas enviados...Necessidade de COMUNICAÇÃO...essencialmente.
11.10.06
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