Poema de Tília Cheirosa

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Não foram muitas vezes que dançamos

possuindo um ao outro

na frenética cadência do amor

rodopiando suspensos

na intensidadedos nossos desejos

toques e emoções

Cada movimento seguia um ritmo

de seduçãoesquentando

o sangue vertiginosamentecom

o planar dos nossos movimentos

rumo ao ápice do céupor

que lá encontraríamos a nirvana

rodopiando...dançando

E bailando nesse toque,

nessa ânsia do querer,

cantávamos sussurros eróticos

nos acordes bem definidos do prazer

abrindo nossos interiores

para que todo frenesi se transformasse

numa volúpia desenfreada

E quando tudo estivesse estampado

nos nossos lábios e olhos ávidos

íamos permeando o universo do gozo

até que todas as luzes fossem tingidas

nas mais variadas nuances

que a dança do amor podia nos oferecer...

Maria Antônia Canavezi Scarpa

(Tília Cheirosa)